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Diagnóstico
Os órgãos pélvicos (aparelho urinário baixo, aparelho genital e recto), são suportados por um sistema de músculos, fáscias (membranas ou planos fibrosos) e ligamentos. A vagina é uma zona de fragilidade que em caso de falha ou deficiência destas estruturas de suporte permite que esses orgãos pélvicos possam descer da sua posição, chegando a sair para o exterior.
Prolapso genital é uma patologia que resulta da perda dos suportes vaginais e pélvicos normais (musculares, aponevróticos e ligamentosos), determinando a “cedência” ou queda dos órgãos pélvicos através do canal vaginal – bexiga, uretra, útero, intestino e recto.
Causas e Factores de Risco
Foram identificados alguns factores de risco que predispõem, promovem ou agravam o prolapso genital. A força dos nossos ossos, músculos e tecido conjuntivo são influenciados pelos nossos genes e raça. Algumas mulheres nascem com tecidos mais fracos e apresentam maior propensão. As mulheres caucasianas e hispânicas apresentam maior probabilidade de desenvolver esta patologia do que as mulheres asiáticas ou de raça negra. A perda ou enfraquecimento dos normais apoios é susceptível de ocorrer aquando de trauma de qualquer zona do pavimento pélvico, nomeadamente durante o parto vaginal, intervenções cirúrgicas, radioterapia pélvica e fracturas ósseas da bacia. A histerectomia (remoção cirúrgica do útero) e alguns procedimentos realizados para correcção de determinado tipo de prolapso promovem o enfraquecimento ou alteram o equilíbrio de outros compartimentos vaginais. Obesidade, tabagismo, obstipação, tosse crónica e levantamento de objectos pesados estão entre as condições mais predisponentes, sendo dos poucos factores de risco modificáveis. A mulher obesa apresenta um aumento da ordem dos 40-75% no risco de desenvolvimento desta patologia. O envelhecimento, a menopausa e as doenças com compromisso neuro-muscular contribuem significativamente para a deterioração da robustez do pavimento pélvico.
Incidência
Estima-se que quase 50% de todas as mulheres entre as idades de 50 e 79 tenham algum tipo de prolapso.
Sintomas
No início é frequente a incapacidade de manter um tampão no interior da vagina, a humidade nas cuecas ou desconforto durante o coito. Com o agravamento, a sintomatologia mais comum consiste num abaulamento, pressão ou sensação de peso na vagina, que piora no final do dia ou durante evacuações, a sensação de estar “sentado sobre uma bola”, a necessidade de empurrar as fezes do recto colocando os dedos na vagina durante a evacuação, a dificuldade de iniciar a micção, o jacto fraco ou dispersão do mesmo, o aumento da frequência urinária, a sensação de esvaziamento incompleto, bem como a necessidade de elevação vaginal ou uterina para iniciar a micção e a incontinência durante o coito.
Tipos de prolapso
Prolapso vaginal anterior (também conhecido como cistocele ou vulgarmente “bexiga descaída”, por estar usualmente implicada a bexiga); Prolapso vaginal posterior (também conhecido como rectocele por ser o recto o órgão preferencialmente envolvido); Prolapso do compartimento médio – normalmente envolve os vários compartimentos e órgãos pélvicos (tais como a bexiga, intestino delgado e grosso) e assume essencialmente duas formas: Prolapso Uterino (procidência) e Prolapso da Cúpula Vaginal após histerectomia (conhecido como enterocele); Prolapso rectal – por vezes confundido com patologia hemorroidária.
Diagnóstico e Terapêutica
As opções terapêuticas dependem dos problemas e preferências individuais. Deverá procurar tratamento quando os sintomas têm um impacto negativo na sua vida. Não é correcto esperar que os sintomas se exacerbem. Não tem que “aprender a viver com isso”. O Prolapso, embora comum, não é um resultado normal do parto e envelhecimento. Visite o seu urologista, a fim de verificar os primeiros sinais de prolapso e identificar mudanças subtis ao longo do tempo. O sistema mais comum para quantificação do prolapso pélvico denomina-se sistema POP-Q. Procurar ajuda médica não implica de imediato opção cirúrgica. Algumas mulheres começam por um tratamento conservador e optam pela cirurgia apenas aquando da falência destes, dependendo da sua preferência, da gravidade dos sintomas e da sua saúde geral.
As opções conservadoras incluem medicamentos, exercícios pélvicos, modificações comportamentais ou dietéticas, dispositivos de apoio vaginal (Pessários), “ Biofeedback “ e Estimulação Eléctrica.
Existem diversos procedimentos cirúrgicos bastante seguros e eficazes para correcção da incontinência urinária e do prolapso, com ou sem a utilização de próteses (redes). O recurso a estas diminui a probabilidade de recorrência do prolapso, pois substituem os tecidos nativos enfraquecidos, por vezes inadequados no suporte a médio e longo prazo. No entanto, a utilização destas “redes” comporta um aumento do risco de ocorrência de algumas complicações como a rejeição, a infecção e a erosão. Estes procedimentos podem ser realizados por via vaginal ou por via abdominal, envolvendo esta última alternativa geralmente a laparoscopia (cirurgia realizada através de pequenos orifícios na pele). Em algumas situações poderá optar por uma histerectomia. Todavia, este procedimento pode aumentar o risco de desenvolvimento de outros tipos de prolapso, nomeadamente da cúpula (15%), dificultar ou reduzir a sensação orgásmica, despertar uma sensação de amputação ou desencadear menopausa imediata se forem retirados concomitantemente os ovários. A opção vai depender do tipo e grau de prolapso, da experiência do cirurgião e das preferências pessoais da doente.[/vc_column_text][vcex_spacing size=”70px”][templatera][/vc_column][vc_column width=”1/4″ css=”.vc_custom_1446736457853{padding-top: 8px !important;padding-right: 8px !important;padding-bottom: 8px !important;padding-left: 8px !important;background-color: #f2f3f5 !important;}”][vc_column_text]
NOTÍCIAS
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